quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Queen of music video

 E a Billboard resolve lembrar de Madonna, nas vésperas de mais um VMA (lembra disso?), numa das suas listas, que dessa vez classifica os 100 artistas mais influentes e importantes para o videoclipe, cultura audiovisual que adicionou à experiência da música, os curtos vídeos que promoviam e desenvolviam os conceitos de uma canção (ou nada disso, só alguma coisa bem aleatória).

Obviamente, Madonna está no primeiro lugar. A artista que surge no momento em que o videoclipe ganha mais espaço e se torna realmente importante e a MTV nasce como primeira emissora dedicada a dialogar com esse formato. Apareceu na hora certa, rainha do pop.....


https://www.billboard.com/articles/news/list/9440075/100-best-music-video-artists?utm_medium=social&utm_source=twitter


"Why She's a Video Icon: Ascending to era-defining supremacy shortly after MTV itself, Madonna's high-concept videos – which channeled old Hollywood while paving a provocative visual path into the future -- were an integral part of her ever-changing image and the meticulous control she exercised around it.

The MTV Classic: The satirical "Material Girl" and controversial "Like a Prayer" are equally impactful, but the David Fincher-directed "Vogue" – with its life-affirming alchemy of old-school glamour, ball culture choreography and sumptuous cinematography – stands as her finest visual moment.

Worth YouTubing"Open Your Heart," with its playful subversion of the male gaze via an art deco peep show, is an early and effective distillation of her endlessly analyzed, celebrated, vilified and imitated take on sexuality and ownership. -- J. Lynch"

terça-feira, 30 de junho de 2020

Q: beyond the beaten track


Nova edição da Q Magazine traz uma lista de dez faixas obscuras da rainha do pop, aquelas que só fãs podem conhecer direito.... claro que a lista é muito maior que isso e várias outras poderiam substituir as citadas, mas é uma boa reunião de ótimos trabalhos, apesar de que uma delas, Bedtime Stories foi um single com um clipe muito celebrado até hoje. Mas é muito bom ver publicações mergulhando nas profundezas de seu excelete trabalho musical. 

Madonna's Best 10 Deep Cuts




quarta-feira, 24 de junho de 2020

LUV MDNA?

Em 2012 os fãs da rainha do pop finalmente puderam ouvir um novo disco, após quatro anos que separavam esse lançamento do álbum de estúdio anterior, ou três anos se contarmos as faixas novas gravadas para sua última coletânea.
MDNA foi mais um álbum que teve dificuldades para ser apreciado pelos fãs, ainda que as críticas tenham sido bem generosas em apontá-lo como um de seus grandes álbuns e muitos do fãs, no impacto inicial do lançamento, terem se sentido aliviados por vê-la se afastar do som urbano datado de Hard Candy e voltar a abusar do eletrônico para pistas de dança. Porém, passada essa empolgação, a apreciação pelo trabalho despencou e até hoje rende discussões que quase sempre chegam no veredito final de que este foi seu pior disco (a opinião do autor do blog já não chega mais nesse lugar).

Gravado no mesmo período em que Madonna se dedicava à pós-produção e lançamento de seu segundo filme como diretora, W.E., o disco sofre da pressa em executar essas gravações e a falta de direção para um tema, pois ela estava mesmo querendo ver seu trabalho no filme lhe dar reconhecimento e seu tempo tinha que ser divido entre caprichar no produto e ter que pensar em músicas para mais um álbum, algo que já fazia há quase trinta anos.

Nem a reunião com o celebrado William Orbit com quem Madonna realizou sua obra prima garantiu um resultado agradável. A busca por DJs e produtores da moda mais uma vez para preencher o restante do álbum e o pouco tempo para uma real conexão com Orbit que pudesse gerar composições mais profundas, como no aclamado Ray of Light e mesmo em Music que veio depois, acabou levando a vanguardista do pop a outra vez ir na onda do momento. Deixou-se levar pela obrigação de ser comercial e fazer músicas tocáveis nas rádios, teve que criar uma música que casasse com a apresentação no Superbowl, evento que a colocaria no centro do mundo por uma noite e foi aproveitado para vender esse material e se permitiu reciclar demos trazidas prontas pelos produtores e gravadas na voz de outras cantoras apenas para economizar o tempo e o que tivemos foi um disco longe dos padrões de excelência que a própria Madonna criou e elevou às alturas.

Juntando-se a isso uma escolha ruim para singles que apostou nas músicas comerciais mais fracas e deixou as melhores faixas, as que tem mais essência de Madonna e produções caprichadas esquecidas, a pouca promoção além do Superbowl e de algumas entrevistas e MDNA não teve significado para o público em geral, fora das bolhas de fãs.

A turnê que surgiu do álbum conseguiu manter o status de rainha dos palcos, teve lucros e avaliações altos e constantes mas seis anos depois o disco ainda aparece em todas listas como um de seus menores esforços.

O álbum seguinte tinha a missão de desmontar a impressão de que Madonna não conseguia mais produzir boa música, para maioria de seus fãs Rebel Heart alcançou esse feito mas... isso é outra análise a ser feita. 


Outtakes do ensaio por Mert Alas & Marcus Piggot








quarta-feira, 27 de maio de 2020

Madonna Blurred the Lines Between Personal and Persona



Maio de 2020 marca os trinta anos de I'm Breathless, álbum desconhecido da maioria do público, mas que traz o maior hit da rainha do pop, Vogue.

Site da Rolling Stone traz uma grande e positiva review do álbum:

Red full/Leia na íntegra:






"Thirty years ago this month, Madonna released one of the most fascinating records in her catalogue, I’m Breathless. Attached to her role as the nightclub singer/femme fatale in Warren Beatty’s 1990 film Dick TracyI’m Breathless wasn’t necessarily a proper solo album, but one of those “Music From and Inspired By the Film” projects that the world’s biggest pop stars always seem compelled to make (see also: Prince’s Batman or, more recently, Beyoncé’s The Lion King: The Gift). Meant to match Beatty’s exorbitantly stylized adaptation of the 1930s comic strip, I’m Breathless was a collection of big, brassy tunes that recalled the Prohibition era more than anything in the contemporary zeitgeist. It was a decisively dizzying left turn for an artist who’d already built a solid career out of them. "



"At the peak of her powers, Madonna could have easily recorded the three Sondheim songs for Dick Tracy and called it a day. Instead, the Queen of Pop chose to deliver a record of big-band jazz and musical-theater pastiche, cap it all off with one of her biggest hits ever, “Vogue,” and then make those songs a tentpole of her massive Blond Ambition Tour. Coming off Like a Prayer, arguably her most personal album to date, I’m Breathless could be viewed as a pivot to the comfort of character, but as much as the album is rooted in her Dick Tracy role, it simmers with a personal touch and tension that’s distinctly Madonna Louise Ciccone."



sexta-feira, 22 de maio de 2020

30 anos: I’m Breathless - Music from and Inspired by the Film ‘Dick Tracy’


E a trilha/álbum I'm Breathless faz trinta anos, o disco que trouxe o clássico eterno Vogue (quase por acidente) e foi seu primeiro "experimental".
Albumism traz retrospectiva, lei tudo em :





"1990 was most definitely a defining year in Madonna’s career. In fact, it may just be her most definitive. Fresh out of the career resplendent ‘80s and hot off the heels of the success of Like A Prayer (1989), Madonna entered 1990 with a massive bang by releasing “Vogue,” a song that remains synonymous with the singer until this very day. Paying homage to ballroom culture and with thumping house beats, “Vogue” was the epitome of what a classic dance track should and could be."


"It’s true that I’m Breathless is a collection of big band pop songs that make up a film soundtrack, but more than this, the album finds Madonna taking on music by the legendary Stephen Sondheim. Sondheim, who is arguably one of the most important figures in musical theatre, contributed three tracks to the album; the sultry “Sooner Or Later,” the jazzy “More” and the beautiful duet with Mandy Patinkin, “What Can You Lose.” Madonna took to these songs like a duck to water and showed that pop was not her only repertoire. Her singing is given great range and she not only tackles genres like Jazz and Big Band, but conquers them with great aplomb.
As per usual, Madonna had an immense amount of input on the album, co-writing six of the album’s twelve songs and co-producing every track. Joined by (then) long time collaborators Patrick Leonard and Shep Pettibone, Madonna also managed to bring a playful vibe to the album. The seductiveness of the album opener “He’s A Man” also has a devilish element that allows for songs like “Hanky Panky,” a cheeky double entendre, to breathe life amongst its peers."